Atuação global em energia atômica
A FDTE participa de projetos da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), com foco especial na segurança nuclear.

Em razão do êxito de sua participação na área nuclear da Marinha do Brasil, a FDTE foi convidada a participar de projetos encabeçados pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), organismo da ONU com sede em Viena, na Áustria.
Entre os projetos está o desenvolvimento de reatores modulares, uma inovação que visa tornar a energia nuclear mais segura e acessível. Esses reatores de menor porte são projetados para abastecer pequenas comunidades e apresentam vantagens como maior segurança, flexibilidade de localização, menores custos e redução de riscos ambientais. Países como China, Coreia do Sul e várias nações europeias lideram o desenvolvimento desses reatores.
Outro projeto está relacionado à segurança nuclear em grandes eventos, como as Olimpíadas, visando a proteção contra radiações em situações de risco elevado. Esse trabalho envolve a criação de sistemas de segurança que possam ser rapidamente implementados em locais de grande circulação de pessoas.
O Simulador de Usina Nuclear Asherah (ANS, na sigla em inglês) é um simulador pioneiro, desenvolvido em parceria entre a USP, a AIEA e a Marinha do Brasil, com coordenação da FDTE, voltado para a pesquisa e segurança cibernética em plantas nucleares. Ele simula cenários de ataques cibernéticos e integra dados de sistemas de controle em tempo real, permitindo testes de segurança robustos e a avaliação dos impactos desses ataques no ambiente nuclear. Além disso, o ANS serve como ferramenta de treinamento para profissionais de segurança cibernética e está sendo usado por 17 organizações de 13 países participantes deste projeto.
Já o Filtro de Kalman Estendido (FKE) é uma técnica avançada de estimativa utilizada para obter informações de um sistema com base em medições com incertezas. No contexto de segurança nuclear, ele é aplicado para detectar anomalias em sistemas cibernéticos de plantas nucleares. O FKE utiliza um modelo matemático do sistema e, ao longo do tempo, ajusta suas estimativas de acordo com as medições observadas. Essa metodologia inovadora ajuda a identificar possíveis ataques cibernéticos ou falhas, aumentando a segurança e confiabilidade dos sistemas de controle nuclear.