A pioneira na Universidade de São Paulo

A FDTE foi a primeira fundação criada pela USP, em dezembro de 1972.

A FDTE e a USP
Reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Junior (direita) e o diretor de Operações da FDTE, José Roberto Castilho Piqueira (centro), na abertura da exposição sobre os 50 anos do primeiro computador brasileiro

Projetar e construir o primeiro computador comercial brasileiro. Para a USP realizar esse inédito desafio, o então reitor Miguel Reale optou pela criação da Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia, a primeira instituição do gênero da Universidade. A escritura de constituição da FDTE data de 1º de dezembro de 1972. É uma entidade de direito privado, independente e sem fins lucrativos.

A recém-criada FDTE contaria com a agilidade de gestão – imprescindível para a execução do projeto do computador – que faltava à administração direta da Universidade. 

A encomenda do computador foi feita pela Marinha do Brasil. Em julho de 1972, a USP, por meio de sua Escola Politécnica (Poli-USP), havia concluído a construção do primeiro computador totalmente projetado e construído no país. O “Patinho Feio”, como foi batizado, teve finalidade educacional; não foi reproduzido.

A Força naval via como importante para o país o desenvolvimento de um “cérebro eletrônico” pelas mãos cientistas e engenheiros brasileiros, e o consequente domínio nacional de tecnologias de informática tanto de hardware como de software.

O projeto foi realizado por professores da Poli-USP que trabalhavam no Laboratório de Sistemas Digitais. A PUC-RJ teve participação, por meio de seu Departamento de Informática.

Batizado de G-10 o equipamento ficou pronto no final de 1975, para uso científico. Fabricado pela empresa Computadores e Sistemas Brasileiros, foi lançado no mercado em meados de 1980, como Cobra 530.

Antes mesmo de concluir o G-10 a FDTE deu início à gestão de outros dois projetos: a criação de um centro de pesquisa para a Fundição Tupy, em Joinville, Santa Catarina, e o sistema de análise de segurança para a movimentação de trens das linhas do Metrô de São Paulo.

Sucessivamente vieram novos projetos, ampliando o leque das áreas da Engenharia requisitadas e, depois, demandando expertises de outras faculdades e institutos da USP.  

Com sua agilidade e eficiência, a FDTE possibilitou à sociedade, empresas e órgãos públicos usufruir da USP para a realização de milhares de projetos, em diversas áreas do conhecimento. Na mesma medida, a Fundação é um meio pelo qual a Universidade pode estender à sociedade suas competências científicas e tecnológicas visando o desenvolvimento econômico, social, cultura e ambiental do país.

A FDTE continua sendo uma porta privilegiada de acesso à maior universidade brasileira.